Sátira de Lima Barreto

Folheiros! ultimamente, vem acontecendo uma onda de xenofobia na internet brasileira. Nessa semana, um fake que se chama Sophia Fernandes vem chamando a atenção (troll) dos internautas. Paralelas a essa onda de citações xenofóbicas acontece uma campanha ufanista. Ora, uma reação travestida de autoafirmação.

Liberdade! Eis uma palavrinha que está vizinha do campo semântico de barbárie. Liberdade de expressão é O cacete quando se esconde por de traz de uma máscara. O fake utilizou-se da foto de uma menina que nada tem a ver com isso (covarde, mostra sua real identidade). Como disse Álvaro de Campos “é preciso esconder-se para revelar-se”.

Em reação as declarações do troll vêm uma campanha desnecessária de autoafirmação. Não sejamos hipócritas! Não precisamos disso.

Ei Brasil, acorda! Todos nós somos Brasileiros e ponto final.

Em Triste fim de Policarpo Quaresma, há um trecho muito emocionante na qual exemplifica isso, vejamos:

(...) Quaresma era antes de tudo Brasileiro. Não tinha predileção por esta ou aquela parte de seu país, tanto assim que aquilo que o fazia vibrar de paixão não eram só os pampa do sul com seu gado, não era o café de São Paulo, não eram o ouro e os diamantes de Minas, não era a beleza da Guanabara, não era a altura da Paulo Afonso, não era o estro de Gonçalves Dias ou ímpeto de Andrade Neves – era tudo isso junto, fundido, reunido, sob a bandeira estralada do Cruzeiro