Taí um negócio interessante. Resolvi fazer uma ilustração do que me vem na mente quando leio este poema de Augusto do Anjos...

PSICOLOGIA DE UM VENCIDO

Eu, filho do carbono e do amoníaco,

Monstro de escuridão e rutilância,


Sofro, desde a epigênese da infância,


A influência má dos signos do zodíaco.

Profundissimamente hipocondríaco,


Este ambiente me causa repugnância...


Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia


Que se escapa da boca de um cardíaco.

Já o verme - este operário das ruínas -


Que o sangue podre das carnificinas


Come, e á vida em geral declara guerra,

Anda a espreitar meus olhos para roê-los,


E há de deixar-me apenas os cabelos,


Na frialdade inorgânica da terra!

Dedicado a Tamberg e Edson.