Neste final de semana, assisti o filme A noiva cadáver de Tim Burton, 2005. Um filme repleto de cadáveres, morte, desilusão amorosa, pessimismo, túmulo, desintegração da matéria e vermes. De cara lembrei-me do rutilante Poeta Augusto dos Anjos. O longa é marcado pela mesma temática da poesia do poeta paraibano. A película na certa foi influenciada pelo Augustismo ou Augusto-dos-anjismo (Uma nova seita, cheia de fanáticos fundamentalistas adoradores da poesia de Augusto do Anjos). A história começa diante de um pessimismo constante. O personagem do filme Victor está passeando pelo bosque angustiado e, por brincadeira, põe aliança em uma noiva cadáver e vai para o mundo dos mortos.

Na poesia de Augusto há recusa de qualquer possibilidade de amar ("Não sou capaz de amar mulher alguma, / Nem há mulher talvez capaz de amar-me"). Ele ignora o amor e tudo desperta ódio e nojo. A poesia dele se sobrepõe o vocabulário científico, o materialismo e o pessimismo diante da vida.

Vejam um trecho do filme:

Aconselho a todos assistir filme e comparar com a essência da poesia de Augusto dos Anjos.

funny animated gif

Seja um seguidor da FOLHA. Clica ali > SEGUIR.